Tudo sobre o que é e como calcular o ICMS

O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é um tributo que cada estado brasileiro cobra sobre a venda de produtos. Com a existência de tantos impostos, é difícil saber como calcular todos, emitir guias e pagá-los.

Por isso, no texto de hoje, trazemos todas as informações que qualquer comerciante e empresário precisa saber sobre essa taxa. Ao fim do texto, teremos respondido as seguintes perguntas sobre o ICMS:

  1. Para que serve?
  2. Como calcular o imposto sobre as mercadorias?
  3. Como pagar a taxa?
  4. O que acontece se não pagar?

Para que serve esse imposto?

Assim como a maioria dos impostos nacionais, os valores seguem para os governos estaduais ou federais. Todo o dinheiro do ICMS ajuda a manter a máquina pública, financiando órgãos e equipamentos públicos.

Ou seja, ao usar o SUS, o transporte público, as rodovias e qualquer serviço público, terá o valor do ICMS custeando-os. Além disso, os órgãos que regulam a água, remédios, alimentos e outras coisas que consumimos também recebem esse dinheiro, pois, em grande maioria, fazem parte do SUS.

Dessa forma, fica claro o impacto que esse dinheiro tem na rotina de todo e qualquer cidadão brasileiro.

O ICMS incide sobre todos os produtos?

Este imposto incide nas mercadorias nacionais e importadas, ou seja, qualquer produto comercializável em solos brasileiros. Além disso, outras categorias de produtos podem ter a cobrança desta taxa, como os dos setores de comunicação e transporte.

Então, caso você venda produtos ou preste serviços que envolvam circulação de mercadorias, precisa pagar esse imposto.

Apesar do ICMS incidir em todo o território brasileiro, cada estado gere a forma de cobrança e seus respectivos valores. Por exemplo, no estado de São Paulo a alíquota atual é de 18%. Além disso, esse valor pode variar de acordo com a gestão pública atuante.

Existe uma fórmula para calcular o ICMS?

Apesar da variação de cobrança em cada estado e tipo de operação do produto, existe sim uma fórmula geral, que é a seguinte:

Valor do ICMS = Alíquota x Valor da mercadoria ou serviço

Então, como exemplo, vou realizar o cálculo sobre um produto de R$2000,00 com venda em São Paulo. A alíquota deste estado, como citado, é de 18%, o que leva ao seguinte cálculo:

Valor do imposto = 0,18 x R$2000,00 = R$360,00

Ou seja, o valor do ICMS sobre esse produto seria de 360 reais. É importante se atentar que ao multiplicar uma porcentagem ela é escrita na forma do exemplo acima. Caso a alíquota seja de 20%, é preciso multiplicar o valor do produto por 0,20, que equivale a esta porcentagem.

Por fim, essa é uma forma geral de calcular esta tributação, podendo haver situações específicas que podem alterar o cálculo.

Quais estados possuem menores alíquotas?

Segundo levantamentos que aconteceram em 2024, temos que as alíquotas nos estados são próximas. A maior e menor porcentagem diferem em apenas 5%. Abaixo segue uma lista com as menores alíquotas estaduais do ICMS:

  • Rio Grande do Sul (RS): 17%
  • Santa Catarina (SC): 17%
  • Mato Grosso (MT): 17%
  • Espírito Santo (ES): 17%
  • Mato Grosso do Sul (MS): 17%
  • São Paulo (SP): 18%
  • Rio Grande do Norte (RN): 18%
  • Minas Gerais (MG): 18%
  • Amapá (AP): 18%
  • Sergipe (SE): 19%
  • Goiás (GO): 19%
  • Pará (PA): 19%
  • Alagoas (AL): 19%
  • Acre (AC): 19%

Quais estados possuem as maiores alíquotas?

Entre as alíquotas mais altas, temos 2 estados que estão empatados. Ao todo, temos 11 estados com porcentagem maior ou igual à 20%. Abaixo estão os valores dessas localidades:

  • Rio de Janeiro (RJ): 22%
  • Maranhão (MA): 22%
  • Piauí (PI): 21%
  • Bahia (BA): 20,5%
  • Pernambuco (PE): 20,5%
  • Paraíba (PB): 20%
  • Ceará (CE): 20%
  • Amazonas (AM): 20%
  • Distrito Federal (DF): 20%
  • Tocantins (TO): 20%
  • Roraima (RR): 20%

Como pagar o ICMS?

Normalmente o pagamento de taxas e impostos gera um grande receio e ansiedade, principalmente para pessoas sem ou com pouca experiência. Porém, para pagar o ICMS não há muitas complicações, sendo um processo mais simples do que parece. Basta seguir os passos abaixo:

  1. Apuração: A empresa, comerciante ou empresário calcula o valor a ser pago com base nas vendas e nas alíquotas aplicáveis de acordo com o estado;
  2. Emissão da Guia: Após saber os valores devidos, é preciso emitir uma guia de recolhimento do imposto. Cada estado possui uma instituição responsável pela emissão deste documento;
  3. Pagamento: Por fim, o pagamento acontece através de transferência bancária, débito automático ou através de agências autorizadas de forma presencial.

Para saber os detalhes de cada estado, é possível pesquisar sobre o imposto no site oficial do governo estadual. Lá estarão todas as informações e especificidades locais. Bem como, possíveis novidades e alterações nas leis vigentes atualmente.

O que acontece se não pagar o ICMS?

Essa é uma questão importante, pois o pagamento de impostos é dever de todo e qualquer cidadão. Caso um contribuinte ou empresa não pague este imposto podem acontecer algumas das consequências abaixo:

  • Ação Judicial: O estado em que se localiza seu comércio pode entrar com uma ação judicial para cobrar o valor não pago. Além disso, pode incluir a penhora de bens;
  • Apreensão de Mercadorias: Casos mais graves podem levar a apreensão de mercadorias pela fiscalização local;
  • Bloqueio de Inscrição Estadual: Ao acontecer o bloqueio da inscrição estadual um comércio não poderá mais realizar ações comerciais e emitir notas fiscais;
  • Inscrição em Dívida Ativa: Na falta de regularização, a empresa pode entrar na Dívida Ativa do governo, ou seja, se torna inadimplente fiscalmente;
  • Multa e Juros: Ao não pagar o ICMS pode ocasionar o acúmulo de juros no valor e até mesmo multas extras a depender do caso. Cada multa e juros tem determinação estadual.

Não deixe de regularizar seu comércio

Agora, com as informações disponíveis, é possível planejar, calcular e pegar o ICMS referente aos produtos do seu comércio. Caso ainda haja alguma dúvida, é possível buscar informações mais específicas sobre o imposto em cada estado.

Lembre-se de levar em consideração essa taxa na hora de calcular o preço final de seu produto também. Dessa forma, além de regularizar seu negócio, também não terá prejuízos referentes ao pagamento desta taxa.

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Lucas Morero
Lucas is an experienced finance writer serving in the BFSI industry for a long time. He curates well written content on complex topics such as taxation.

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